O Triunfo das Porcas

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🕐 2021-04-26 10:00 ➡ 2021-05-03 16:00

⏳ Sorteio em 2021-05-03 16:30

Prémios

1º ao 6º Prémio

Oferta de 1 bilhete, na compra de outro normal | 6 de maio, às 21h no AMAS

Oferta de bilhete na compra de outro para a peça "O Triunfo das Porcas", sessão de dia 6 de maio de 2021, às 21:00, no AMAS – Auditório Municipal António Silva.

 

O vencedor deste sorteio deverá contactar diretamente a teatromosca para confirmação de presença.

2º ao 7º Prémio

Oferta de 1 bilhete, na compra de outro normal | 7 de maio, às 21h no AMAS

Oferta de bilhete na compra de outro para a peça "O Triunfo das Porcas", sessão de dia 7 de maio de 2021, às 21:00, no AMAS – Auditório Municipal António Silva.

 

O vencedor deste sorteio deverá contactar diretamente a teatromosca para confirmação de presença.

3º ao 8º Prémio

Oferta de 1 bilhete, na compra de outro normal | 8 de maio, às 21h no AMAS

Oferta de bilhete na compra de outro para a peça "O Triunfo das Porcas", sessão de dia 8 de maio de 2021, às 21:00, no AMAS – Auditório Municipal António Silva.

 

O vencedor deste sorteio deverá contactar diretamente a teatromosca para confirmação de presença.

SINOPSE

A  Revolução  está  a  chegar  à  Quinta  Manor.  A  Revolução  está  a  chegar  à  Quinta  dos Animais. A Libertação está a caminho. A Utopia está a caminho. Mas os alicerces desse paraíso vão ruir mais depressa do que se pensa. Os fios dessa união entre os animais vão desfazer-se mais rapidamente do que se esperaria. E um novo sistema emergirá, ainda mais aterrorizante e opressor do que aquele dos humanos que antes governavam. E, no final, restará apenas a desconcertante imagem de suínos e seres humanos a celebrar a prosperidade  económica  em  torno  de  uma  mesa  de  jogo,  na  antiga  casa  do  velho proprietário, enquanto os restantes animais continuam a trabalhar arduamente a troco de muito pouco.

 

SOBRE

No  seu  projeto  mais  ambicioso,  o  historiador  suíço  Sigfried  Giedion  afirma  que, inicialmente,  na  era  paleolítica,  se  olhava  para  os  animais  como  seres  superiores  ao próprio  homem,  como  algo  sagrado,  objeto  de  adoração  máxima.  As  bestas  eram  o modelo, possuíam as melhores habilidades, as melhores condições para a sobrevivência num  mundo  hostil,  corriam  mais  depressa, saltavam  mais  alto,  voavam... capacidades que,  de  algum  modo,  se apresentavam  quase  como  objeto  de  culto,  em  que  os  seres humanos podiam projetar os seus desejos mais íntimos. Mas, o final da Idade da Pedra Lascada traria a domesticação, ou melhor dizendo, a desmitificação dos animais. Nasce a figura humana. O mesmo é dizer que é nesse período, não assim tão longínquo, que tem  origem  a  representação  do  corpo  humano.  Mas  talvez  o  primeiro  tema  da  arte (pictórica) tenha sido um animal. Talvez a primeira tinta tenha sido sangue de animal. Durante  séculos –bastaria  recordar  Ovídeo -,  utilizámos  a  alegoria  dos  animais  para representar  os  traços  e  caraterísticas  humanas,  tentámos  observar  à  distância,  para chegarà  conclusão  que  estamos  tão  próximo,  mas  que  nos  colocamos  tão  longe. Inspirado pela nossa relação com os animais, hierárquica e vertical, Orwell aplica-a às relações de classes, num texto publicado pela primeira vez em 1945, como resposta à emergência  deregimes autoritários. Rapidamente, “Animal Farm”, transformou-se numa clássica fábula política, plena de mordacidade e perspicácia, relatando a história de  uma  revolução  entre  os  animais  de  uma  quinta  e  o  modo  como  o  idealismo, facilmente, pode ser traídopelo poder, pela corrupção e pela mentira. Num tempo em que tornamos a assistir, um pouco por todo o lado, à ascensão de regimes totalitários e líderes  hostis  em  relação às  instituições  democráticas, este  romance  serve-nos  bem  a reflexão que pretendemos fazer em torno dos limites da democracia. Simultaneamente, 

3 desafiados pela pergunta de outro escritor inglês, John Berger, lançaremos o nosso olhar sobre os animais, como quem se olha ao espelho. Nesta adaptação teatral de uma das obras mais reconhecidas deGeorge Orwell, coproduzida pelo teatromosca e pelo Teatro Estúdio Fontenova, com direção artística de Pedro Alves, três atrizes emprestam o seu corpo  (a  carne!)  às  três  porcas  que  assumiram  a  liderança  no  novo  sistema  que governará a Quinta dos Animais. As restantes personagens serão interpretadas em vídeo por jovens estudantes e estagiários de cursos profissionais de artes do espetáculo.Depois  de  colaborações  ao  nível  dos  intercâmbios  de  projetos,  as  duas  estruturas propõem-se agora a estabelecer uma coprodução que espelha a vontade de unir duas linhas de trabalho que aqui se verificam significantes. Por um lado, tem sido evidente ao longo dos anos a preocupação política e social, assim como sensibilização à reflexão e crítica nas produções do Teatro Estúdio Fontenova. Por outro, alia-se a este o trabalho do  teatromosca  e  do  seu  diretor  artístico  na  sua  relação  com  a  adaptação  de  obras romanescas  para  os  palcos.  Desta  forma,  entende-se  que  a  partilha  de  processos criativos com outras companhias poderá potenciar uma maior valorização artística, para além de possibilitar uma rentabilização de custos que permita atingir um trabalho final com mais meios e significado.O espetáculo será criado em três fases: ainda em dezembro de 2020, centramo-nos na relaçãodo  texto  de  Orwell  com  a  adaptação  literária  produzida  por  Pedro  Alves,  com duas  sessões  realizadas  no  espaço  de  uma  escola  secundária  de  Sintra  e  outra  em Setúbal, procurando inaugurar um fórum dramatúrgico amplo em torno de uma série de temáticas propostas pelo projeto; num segundo momento, com base em trabalho de mesa e  a  partir  de  improvisações,  a equipa  procurará  um  outro  conjunto  de  matérias (corpos  em  movimento,  imagens,  vídeos,  sons,  luz,  tecidos  etc)  que,  no  terceiro momento,  da  ordenação  do  espetáculo,  se  colocarão  ao  lado  desses  (outros)  textos. Considerando  que  se  trata  de  uma  das  mais  relevantes  obras  literárias  do  século  XX, incluída  no  Plano  Nacional  de  Leitura  para  o  9º  ano  de  escolaridade,  o  espetáculo orientar-se-á,  primeiramente,  para  um público  escolar  e  juvenil.  Para  além  da  equipa profissional  das  duas  estruturas,  o  projeto  incluirá  ainda  no  seu  elenco,  em  ensaios  e apresentações públicas do espetáculo que daí resultar, um grupo de jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, de Setúbal e Sintra.

 

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Texto: A partir de “Animal Farm”, de George Orwell | Adaptação e  encenação: Pedro Alves | Interpretação: Carolina Figueiredo, Patrícia  Pereira Paixão e Sara Túbio Costa | Interpretação em vídeo: Milene Fialho e jovens estudantes | Ilustração: Alex Gozblau | Desenho de luz: José Maria Dias | Direção técnica: Carlos Arroja | Operação de luz e som e Videasta: Leonardo Silva |  Cenografia: Pedro  Silva | Banda  sonora  original: Emídio  Buchinho | Figurinos: Maria Luiz | Design de comunicação e Apoio à produção: Tomás Barão | Produção executiva: Inês Oliveira e Graziela Dias | Coprodução: teatromosca e Teatro Estúdio Fontenova | Rádio oficial: Antena 1 | Apoio à comunicação: Antena 3, Jornal de Sintra, Correio de Sintra, SetúbalMais, semmais e O Som da Baixa | Apoios: Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, Junta de Freguesia do Cacém  e  São  Marcos, Europalco,  Rodalgés,  Faculdade  de  letras  da  Universidade  de  Lisboa, Centro de Estudos de Teatro, Entregarfadas, Burger and Company, Cabicom, Shopping Cacéme Set-Link | O teatromosca e o Teatro Estúdio Fontenova são estruturas financiadas pela República Portuguesa –Ministério da Cultura/ Direção Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Sintra e Câmara Municipal de Setúbal (respetivamente)

Duração: 60 minutos aprox.